terça-feira, 1 de janeiro de 2013

SEXO TÂNTRICO


10 dicas de sexo tântrico

Atitudes simples para incorporar o tantra no dia a dia do casal

Alexandre Adoni, especial para o iG São Paulo




Bruno Zanardo/Fotoarena
A massagem é um dos principais recursos
do sexo tântrico
Você já deve ter ouvido falar que os praticantes de sexo tântrico têm a consciência corporal mais desenvolvida, que a energia produzida durante a relação gera disposição e que os orgasmos duram mais tempo. Tudo isso é verdade, garantem os especialistas. Mas, para chegar nesse ponto, é preciso investir em treinamento – e muitas vezes isso implica em rever o estilo de vida.
A massagem é um dos recursos principais do sexo tântrico, além disso, alguns exercícios mentais e corporais ajudam na ativação da energia sexual, a chamada “kundalini”. A prática é recomendada para todo tipo de casal disposto a aprender, sem limitações de idade ou preferências sexuais.
A psicóloga clínica Judy Kuriansky, autora do livro “O Guia Completo do Sexo Tântrico” (Editora Madras), e os terapeutas corporais Gabriel Saananda e Roberta Jaloretto, do Espaço Companhia do Ser, ensinam os dez primeiros passos para iniciantes, que buscam novas experiências prazerosas.
1. Tempo e sincronia Reserve pelo menos um dia na semana para praticar a massagem tantra com seu parceiro. O horário da manhã é recomendado, após uma boa noite de sono. Antes de começar, Judy Kuriansky recomenda: “É preciso que o casal esteja na mesma sintonia. Inspirar e expirar juntos até estarem no mesmo nível energético”, diz.
2. Explore o outro A mulher pode começar aplicando a massagem no homem. A terapeuta Roberta Jaloretto aconselha: “Toque todo o corpo dele buscando levar sensibilidade para partes que geralmente ficam esquecidas. A ideia é sensibilizar ‘o todo’ por meio de toques suaves, trabalhando a pele com toques bem relaxantes”, diz.




Bruno Zanardo/Fotoarena
O objetivo é promover sensações gostosas e estimulantes
3. Não tenha pressa A massagem tântrica não combina com pressa nem pressão. É preciso saborear a experiência, o caminho, sem focar tanto na conclusão. Estar em posição de receber a massagem é especialmente benéfico para o homem, que aprende a controlar e prolongar o seu prazer. Ele deve ficar de meia hora até uma hora apenas curtindo os toques, sem ejacular. “É uma brincadeira que funciona como um treinamento”, ensina Gabriel Saanandra.

4. Deliciosos artifícios Segundo Saanandra, você também pode utilizar as unhas, os cabelos ou um lenço de seda para fazer a massagem. “Isso faz com que a pele fique sensível e acorde – ele começa ficar arrepiado”. É recomendado utilizar texturas e brincar com as sensações de quente e frio; use a imaginação!





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Toques suaves com unhas, lenços e outros
5. Inverta os papéis O homem também deve massagear a mulher: são toques longos e circulares, que ligam duas partes do corpo – enquanto uma mão sobe, a outra desce: o ombro com o bumbum, os genitais com a barriga, as costas com o abdome. Existe uma grande variedade de óleos especiais para massagem. Mas, na falta de algum produto específico, você pode usar o hidratante que tiver em casa.

6. Respire, suspire... A respiração é parte importante durante todo o processo. A inspiração deve ser profunda e a expiração bem relaxada. “Trazer energia para dentro e relaxar na hora de soltar o ar”, ressalta Saanandra. Durante o ato, gema, suspire, não tenha vergonha de expressar as sensações boas da massagem por meio de sons.
7. Olho no olho
Olhar nos olhos é uma prática básica do sexo tântrico. Judy Kuriansky, autora de “O Guia Completo do Sexo Tântrico”, recomenda olhar fixamente para a chama de uma vela por algum tempo para desenvolver a concentração necessária para intensas trocas de olhares. É recomendável praticar o exercício antes de dormir. Você também pode, ao invés de olhar, ser receptiva e receber o olhar do outro.

8. Crie rituais amorosos Tomar banho juntos, vestir aquela roupa especial, escolher um perfume estimulante... Esses pequenos ritos preparam para uma troca de amor mais íntima. O ambiente deve estar totalmente limpo, com luz na medida. A roupa de cama pode ser especial para a ocasião e, para aumentar o conforto, disponha também algumas almofadas. Posicione objetos que simbolizem os quatro elementos: uma vela para o fogo, um líquido para a água, uma folha para o ar, uma flor para a terra.

9. Entenda a filosofia tantra “Sexo tântrico não é o sexo que as pessoas conhecem. O tantra busca ensinar e ajudar as pessoas a se excitarem com o afeto e não com o genital”, frisa Gabriel Saananda. A filosofia propõe uma maior conexão com o seu ser, expansão de consciência e percepção do corpo. “Dentro da terapia tântrica você vai aprender a lidar com suas sensações, a trazer intimidade para dentro da sua vida”.
10. Ache sua turma e um terapeuta sério Participar de workshops e vivências tântricas é uma boa pedida para os novatos. Existe uma variedade de treinamentos – em grupo, individuais, para casais, de longa ou curta duração – que variam de acordo com a filosofia de cada espaço. Como não há uma certificação e nem uma licenciatura em terapia tântrica, fique de olho na hora de escolher um profissional. O especialista tem que ser habilitado em técnicas de massagem, com especialização em tantra, e é essencial que você se sinta confortável com ele. O toque faz parte da terapia, mas não há sexo envolvido durante as sessões. “Com o terapeuta você vai desenvolver a confiança e a técnica para que carregue isso com você e possa aplicar no dia a dia”, explica Roberta.

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Para saber mais sobre sexo tântrico: Judy Kuriansky www.drjudy.com
Cia do Ser www.ciadoser.org
Source School of Tantra www.sourcetantra.com
Livro: “O Guia Completo do Sexo Tântrico” - (Editora Madras)



Sexo tântrico: mais prazer e energia

A filosofia tântrica é baseada na consciência corporal e intimidade, prometendo um orgasmo intenso e mais longo

Júlia Reis, iG São Paulo 
“Havia incorporado a ideia de transar para aliviar o estresse em vez de usá-lo para me aproximar do parceiro. Hoje sei me vincular, sustentar uma intimidade.” É assim que a terapeuta corporal Isabelle Moura, 27 anos, relata sua experiência com o sexo tântrico. Profissional formada em técnicas de massagem, ela se especializou no atendimento tântrico há dois anos. 



Bruno Zanardo/Fotoarena
Isabelle: "Hoje sei me vincular, sustentar uma intimidade"
Popularmente conhecida como uma técnica que retarda o orgasmo e potencializa o prazer, o sexo tântrico é mais que isso. A prática proporcionaria um movimento de energia sexual capaz de se expandir e circular pelo corpo, passando pelos canais de energia chamados de chakras. “Não tem qualquer urgência, você aproveita aquilo, se nutre. Isso tira a nossa afobação”, relata Isabelle.
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De acordo com os praticantes, um orgasmo “tântrico” pode durar mais de uma hora - e com o tempo o organismo aprende a lidar com essa intensidade. Além disso, a sensação tende a ser diferente do sexo comum, porque em vez de expulsar a energia e acabar logo, o prazer se espalha para o resto do corpo. No caso dos homens isso significa que não há ejaculação durante o clímax.

Mas nada disso é conquistado em um passe de mágica: exige disposição, treino e um olhar diferente sobre o sexo. O trabalho terapêutico pode ser realizado junto a especialistas em atendimentos individuais, para casais ou em vivências de grupo, e envolve técnicas de respiração e massagens (algumas delas na região genital). Esse processo ajuda na redescoberta do corpo e desenvolve a intimidade das pessoas com a excitação, apontam os profissionais.

Redescoberta do prazer 
Quem pratica sexo tântrico também muda os hábitos sexuais e a forma como vê a transa, se desprendendo de imagens, conceitos e atitudes como a do homem dominador, mulher submissa ou esposa responsável pela satisfação sexual do parceiro. “Todos já têm um jeito de fazer a relação sexual, um condicionamento, um vício. Acham que, quanto mais forte o sexo, mais intimidade terão. Mas o afeto é o caminho da relação sexual - e não se vestir de enfermeira ou mulher samambaia”, diz Gabriel Saananda, terapeuta. A excitação, nesse caso, acontece em um processo de relaxamento e não por fetiches, fantasias ou tensão. É menos mental e baseada no toque do outro. “É mais sensorial, refinado. A maioria dos homens ainda é muito machista, e o tantra tira isso”, diz Celi Shakti, terapeuta tântrica. “Você aprende a ter soltura, falar o que deseja”, completa ela.




Bruno Zanardo/Fotoarena
Gabriel Saananda demonstra a massagem tântrica

Para conhecer novas formas de fazer sexo, não são as posições que se tornam fundamentais, mas explorar áreas do corpo e brincar com as sensações usando mais que genitais, mãos e boca. Parte do treinamento, inclusive, consiste em retirar a penetração do sexo. Nesse processo, a pele tem um papel importante, produzindo fluxos e espalhando estímulos pelo corpo. “É o maior órgão que temos. A gente cuida, enche de creme, mas ela está congelada sensorialmente. Não temos uma educação sexual para estimular a pele”, aponta Saananda.
Orgasmo potencializado 
No tantra há a possibilidade de atingir um “multiorgasmo”, uma finalização que não deixa o casal cansado, e sim cheio de disposição, como explica Saananda. Treinando a ter pulsos de orgasmo, a sensação é prolongada. “A mulher é capaz de ter vários orgasmos. Tem que aprender a fazer essa energia subir pelo corpo, se abrir e confiar em si mesma”, diz. Assim como ele, Shakti também ressalta a feminilidade do Tantra, já que ele é baseado na energia vital que provém da mulher.
Entre os benefícios do tantra estão a consciência corporal e a confiança. Na vida sexual ele promete ajudar mulheres na menopausa ou com outras dificuldades sexuais, homens que sofrem com ejaculação precoce e impotência. “Foi há muito anos que me encontrei pela primeira vez com uma mulher tântrica que não me deixava ejacular. Para um argentino, engenheiro e com ejaculação precoce foi um susto. Mas deu um clique na minha vida”, conta Saananda.



Bruno Zanardo/Fotoarena
A terapeuta Celi e Julia: o trabalho ajudou a superar a timidez
O trabalho com a energia sexual não beneficia os praticantes apenas entre quatro paredes. Além de melhorar a qualidade dos relacionamentos, o fluxo de energia dá mais vitalidade, disposição e lucidez para todos os momentos do dia, segundo os terapeutas. “Você leva isso na forma de estar no mundo. A energia sexual é a energia vital. Quando você não joga ela fora em uma ejaculação ou orgasmo, muda seu padrão”, diz Saananda. Já Shakti explica que a libido tem que estar presente em todas as áreas da vida, até no trabalho: “O tantra te ensina a ser sensual o tempo todo, seduzir as coisas para você”, aponta.

Para Julia Sakamoto, o tantra a ajudou a driblar a timidez e ser mais segura com o próprio corpo. Aos 41 anos, a profissional de estética se aproximou do tantra há três anos e nos últimos sete meses intensificou as terapias. “Com as vivências sei me amar, tocar, me ver como sou. Hoje me olho de corpo inteiro no espelho”, diz ela. O trabalho tântrico a ajudou a quebrar bloqueios sexuais que ela carregava pela religião e formação familiar.
O tantra no dia a dia
Fazer sexo tântrico exige prática e estudos. Mas é possível introduzir um pouco desse conhecimento no seu dia a dia. Os terapeutas tântricos dão dicas para melhorar o sexo:

- Sair para jantar e tomar um vinho parece muito romântico, mas o álcool e estômago cheio atrapalham no desempenho

- Reserve um momento do seu dia para o sexo, quando não tiver muito cansada ou estressada. É preciso estar disposta e não fazer por obrigação. O horário da manhã é recomendado

- Arrume o quarto para fazer massagens um no outro. Brinquem de explorar os corpos digam o que desejam sem receio

- Aposte em trilhas sonoras mais femininas ou calmas

- Respire fundo no durante, puxando o ar pra dentro em vez de soprando forte para fora.
Celi Shakti: www.celishakti.com.br

Gabriel Saananda:
 www.ciadoser.org

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Orgasmocracia: você tem que gozar, muito!

O médico Gerson Lopes afirma que as mulheres vivem “um regime ditatorial” com relação ao sexo e desempenho na cama

Julia Reis, iG São Paulo 


Getty Images
Orgasmocracia: quando o fim da festa ganha mais atenção que a experiência completa
A mulher contemporânea usufrui de sua liberdade sexual, aproveita o direito ao prazer e conhece melhor o próprio corpo. Com a queda de barreiras morais e o advento da pílula anticoncepcional, o sexo erótico ganhou força na vida delas, a ponto de incitar uma busca incessante pelo orgasmo, que agora tem que ser "múltiplo".

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Orgasmo vaginal x orgasmo clitoriano
O novo momento é marcado por uma grande cobrança pelo gozo e performance na cama, segundo o ginecologista Gerson Lopes, presidente da Comissão Nacional de Sexologia da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Com isso, a satisfação sexual estaria mais associada ao resultado do que com a entrega, e assim o "fim da festa" ganha mais atenção que a experiência completa.

Delas: Explique melhor o conceito da “orgasmocracia” que vivemos. E como isso afeta a relação da mulher com o sexo?
Gerson Lopes: É como se fosse um regime ditatorial em relação ao orgasmo. O direito ao gozo não pode ser substituído pela obrigação de tê-lo. Presa nessa ditadura, a mulher não se solta no processo do brincar e o foco está no resultado (orgasmo) e não no durante. Presa ao 'fim' ela não curte adequadamente o 'meio', comprometendo o envolvimento afetivo e sexual com o parceiro.
Claro que toda relação tem que ser prazerosa, mas não obrigatoriamente orgástica. Existem outros prazeres como olhar, ouvir, tocar, relaxar... Toda mulher deve sim tentar ter orgasmo, mas a satisfação sexual e a felicidade não têm necessariamente a ver com o orgasmo. A pressão de ter o orgasmo  dificulta ainda mais a experiência orgástica.


Divulgação
Gerson Lopes, ginecologista: "Na clínica chegam mulheres que têm orgasmo, mas não sabem. Isso acontece porque elas possuem expectativas irreais"
Delas: E quem alimenta a ideia que toda mulher deve atingir o prazer máximo para ter uma vida sexual feliz?
Gerson Lopes: Talvez sejam expressões sutis de um viés machista em nossa sociedade. Porém, dizem que machismo é uma doença igual a hemofilia – existe em homem, mas quem transmite é a mulher.
O mundo moderno é um mundo de resultados e a visão do orgasmo pelas mulheres é o reflexo disso.
Delas: Elas se cobram, mas os homens também se preocupam muito com o orgasmo das parceiras?

Gerson Lopes: Erroneamente muitos homens se responsabilizam pelo orgasmo da mulher. A pergunta cretina “você chegou?“ não traduz uma preocupação com ela e sim uma forma de autoavaliação. Ela chegando, significa para ele que desempenhou bem seu papel. Diante disso, o caminho para muitas mulheres é fingir o orgasmo para agradá-lo. Mas ninguém dá orgasmo a ninguém, ele simplesmente acontece. O homem pode apenas facilitar ou dificultar.
Delas: A importância do orgasmo e o assunto em geral também são compartilhados em conversas de amigas. As mulheres mostram uma competitividade entre elas em relação a sua vida sexual? 

Gerson Lopes: Infelizmente as mulheres estão tão competitivas em relação ao sexo como os homens e também acabam mentindo tanto quanto eles. Sexualidade não é qualidade de pessoas e sim de envolvimento entre pessoas.

Delas: É possível que, em função de uma grande expectativa em relação ao sexo, algumas mulheres acham que não têm prazer e na realidade têm orgasmos perfeitamente normais?

Gerson Lopes: Na minha clínica chegam mulheres que têm orgasmo, mas não sabem. Isso acontece porque elas possuem expectativas irreais em relação a este fenômeno. A literatura diz que aproximadamente 20% das mulheres têm orgasmos e não sabem.

Delas: O caminho para uma vida sexual satisfatória está mais no conhecimento do próprio corpo que na cobrança por mais prazer? E será que as mulheres se conhecem o suficiente para isso?

Gerson Lopes: Sem dúvida conhecer possibilita mais prazer enquanto a cobrança de desempenho mais desprazer. Eu diria que as mulheres ainda não se conhecem bem. Conhecem muito bem seu corpo estético e higiênico, mas pouco o corpo erótico. E investir no seu erotismo é responsabilidade dela e não do parceiro.

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Orgasmo vaginal x orgasmo clitoriano

Ainda bem que há inúmeras possibilidades de sentir prazer. Na hora de ter um orgasmo (ou vários), não é diferente. Entenda o que é cada um deles e o que você precisa saber para chegar lá

Glycia Emrich
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Na cama vale tudo. Tudo o que traga muito prazer pra você e para o seu parceiro. E, nessas horas, nada melhor do que você se conhecer e entender como o seu corpo funciona para experimentar (e indicar) o caminho da felicidade. E, quando se pensa em ápice de prazer, a primeira palavrinha que surge é orgasmo!
E isso tem lá a sua verdade. De acordo com o dicionário Houaiss, orgasmo pode ser definido como momento em que o prazer da excitação sexual atinge o máximo de intensidade. Ou, em um sentido figurado, efervescência de sentimentos, excitação incontrolável do espírito que se pode manifestar em reações físicas. Isso a mulherada já sabe muito bem!
O que pode ser novidade é que há duas maneiras de chegar a esse ponto, quando a estimulação se dá na genitália feminina: um é o orgasmo vaginal e o outro, o orgasmo clitoriano.
A diferença
Os dois são excelentes e levam qualquer mulher à loucura. O que os difere é apenas o ponto do corpo onde você é estimulada e a dificuldade de conseguir atingi-los. O orgasmo clitoriano é mais fácil de ser atingido, porque o clitóris é um ponto específico, externo, de fácil acesso, com gatilho para a sensação de prazer. Isto difere do orgasmo vaginal, que muitas mulheres têm dificuldade de atingir, por estar condicionado a um ponto desconhecido e de difícil acesso, explica a Dra. Rosa Maria Neme, ginecologista, diretora do Centro de Endometriose São Paulo e integrante da equipe médica do Hospital Israelita Albert Einstein, Samaritano, São Luiz e Sírio Libanês.
Para chegar lá
O caminho não é como receita de bolo, com medidas certeiras e iguais para qualquer mulher. Mas para sentir esses dois tipos de orgasmos o corpo exige atenção em duas regiões diferentes da vagina. Para o vaginal, é preciso estímulos contínuos em pontos diferentes dentro da vagina. O clitoriano acontece com manipulação, contato contínuo ou vibratório que estimulam as fibras nervosas do clitóris e disparam um estímulo.
O mais frequente
Avaliar qual é o queridinho entre as mulheres e qual é o mais fácil de atingir pode gerar discussão para horas de conversa com as amigas. Mas a ginecologista Rosa Maria garante: Em geral, o clitoriano é o mais fácil de ser atingido. O clitóris, por ser um órgão externo e de fácil fricção, desempenha um papel muito significativo para se atingir o orgasmo. Facilita também porque ele também é fortemente inervado, o que o torna mais sensível.
Elas estão com tudo
Se os homens acham que o problema para atingir qualquer tipo de orgasmo é exclusivamente das mulheres, estão enganados (eles adoram aquele papinho de bloqueio psicológico...). De acordo com pesquisas realizadas pelo Ibrasexo ¿ Instituto Brasileiro Para a Saúde Sexual ¿ as mulheres estão cada vez mais rápidas para atingir o ápice do prazer.
Se forem bem estimuladas nas preliminares (perceberam a importância do momento anterior?), elas levam de 8 a 20 minutos de penetração com movimentação ativa para sentir a felicidade do orgasmo. E aí, tanto faz se for vaginal, clitoriano ou os dois. Vale mesmo é sentir o máximo da excitação sexual.
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Especial treinamentos eróticos: Sexo Oral

Delas participa do curso “práticas picantes” e conta as impressões das alunas

Carmen Moreira, iG Rio de Janeiro 
Getty Images
Técnica e truques do sexo oral
Final da tarde de uma quarta-feira. No terceiro andar de um prédio comercial de Ipanema, bairro nobre do Rio de Janeiro, três mulheres aguardam ansiosas e um pouco constrangidas pelo início da aula. O traje da professora, shortinho e blusinha decotada, deixa claro de que não se trata de uma aula tradicional. Entre os objetos de estudo, próteses penianas de borracha e camisinhas; o curso de “práticas picantes” vai começar.
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Depois de uma rápida apresentação, a professora Rozana Rezende, 36 anos, pede para que as alunas se apresentem e escolham uma prótese peniana e uma camisinha. “Vamos colocar com a boca?”, sugere. Rozana continua: “Depois dessa aula vocês terão condições de fazer 45 minutos de sexo oral sem dificuldade”. Alvoroço. Ela explica: “Hoje vocês não conseguem porque não estão respirando direito e logo ficam cansadas. Além disso, não sabem explorar o pênis por inteiro. Se ficarem fazendo só os mesmos movimentos, nem os parceiros vão aguentar tanto tempo!”.
Dito isso, Rozana consegue a máxima atenção das alunas, ainda um pouco incrédulas. E ela trata de dizer: “A aula é prática, então eu quero que vocês acompanhem tudo, mas que façam também. Por isso cada uma tem a sua prótese”. Todas parecem animadas e, a essa altura, sem vergonha.

C.C., a mais nova do grupo e prestes a se casar, diz ter convencido as amigas a participarem do curso com ela. “A proximidade do casamento foi só um pretexto. Queria muito aprender coisas novas”, conta. E afirma que, apesar de ter escolhido o curso pelo nome, ainda não tem ideia do que será ensinado.
 
Ivone Perez
Rozana mostra cada parte do pênis e os locais mais sensíveis
O primeiro passo, fala Rozana, é conhecer a própria língua. “É como se cada pedaço dela fosse um andar diferente”. E continua: “O primeiro andar é a pontinha, o segundo é o meio, e o terceiro é a parte lá de trás. Um bom sexo oral explora os três andares, cada um tem uma textura diferente”. E apresenta, na prática, os tipos de estímulos que podem ser feitos só usando a língua. Olhando atentas, as meninas repetem passo a passo.

A euforia dá lugar ao silêncio, e a aula, que parecia uma grande brincadeira, ganha um tom mais sério. “Comportamento tem mesmo que ser levado a sério”, pontua a professora. E assim elas aprendem a deslizar suas bocas sem machucar o pênis com os dentes.
Trabalhar a musculatura da bochecha, girar a língua, relaxar e pressionar os lábios são expressões usadas durante toda a aula. “Cada movimento pode ser repetido quatro ou cinco vezes, sem regras nem roteiro”, anuncia a professora.

Pausa rápida para um elemento novo: o gel lubrificante. “Esse tem gostinho de canela e esquenta”, mostra Rozana. Ela pede para as alunas provarem e espalharem pelas próteses. “Agora vocês podem chupar, assoprar. Vai esquentar e eles vão adorar”, diz.
A próxima atração é o truque do espumante. A professora ensina algumas brincadeiras com o líquido e garante que ele deixa a boca mais confortável para a prática do sexo oral. “É gostoso mesmo!”, dispara M.C., de 28 anos.
 
Ivone Perez
Um truque: champanhe para turbinar o sexo oral
Mas a professora alerta: “Vocês têm que comandar. Não podem deixar que o homem faça os movimentos, caso contrário, ele poderá machucá-las”. E sentencia: “Você vai proporcionar prazer para o seu homem, mas do seu jeito, sentindo prazer também. É assim que tem que ser”.