Cadillac tem uma história muito parecida com a de Bettie Page - maior pin up da história. Adolescentes simples, com um corpo cheio de curvas precoces, as duas foram vítimas de violência sexual ainda jovens. Rita foi violentada pelo próprio marido. Separada e sem dinheiro, utilizou os conhecimentos das aulas de dança para estrelar shows, nos quais aprendeu com a transformista Rogéria os segredos da sensualidade. Do posto de chacrete passou a estampar pôsteres e capas de revista, de onde não saiu até hoje. Deve ser uma das pin ups com mais anos de atividade da história. A sensualidade de Rita, a princípio, era implícita. Fotos eróticas, rebolado de maiô, pornochanchadas. Foi nos anos 2000, da geração de mulheres frutas, que a veterana Lady do Povo teve que se adaptar aos novos tempos de plástico. Siliconada, gravando filmes de sexo explícito, Rita chorou.
No currículo, a musa carrega o título de Rainha do Bumbum (o que no Brasil vale mais que o sobrenome Orleans e Bragança), os filmes "Aluga-se Moças" (assim mesmo com erro de português) "Asa Branca" e "Carandiru", ensaios para revistas "Status" e "Sexy", o hit thrash "É bom para o moral" e sucesso em presídios e garimpos. Uma carreira que merece admiração? Bom, merece respeito, e é respeito que a nossa pin up ganha no documentário de Toni Venturini – A LADY DO POVO!
" Celulites não são apenas celulites, elas querem dizer 'Eu sou gostosa', só que em braille! "
(Rita Cadillac)
A afilhada e sobrinha (?) Cléo Cadillac segue os passos da madrinha e já fez o seu primeiro filme pornô